No dia 24 de fevereiro teve início as aulas do Projeto Nagô, que esse ano tem como tema a Formação de Professores sobre Sexualidade e Gênero. As aulas acontecerão um sábado ao mês. Nagô Significa em Yorubá a designação dada aos negros escravizados e vendidos na antiga Costa dos Escravos. Neste projeto, o vocábulo assume a carga semântica similar à palavra em língua portuguesa RESISTÊNCIA. O projeto tem por objetivo trabalhar a formação de professores com foco em sexualidade e Gênero, possibilitando metodologias, e conceituação teórico-legal sobre o tema.

O projeto Nagô – iniciativa já em execução – é um projeto de extensão que visa a formação continuada de professores para o trabalho com temas transversais e que estão à margem das discussões, sobretudo daquelas do “currículo oficial-tradicional”. O projeto tem uma característica marcante em sua composição que é a de fomentar debates sobre as questões ligadas aos Direitos Humanos e a formação cidadã, ética e moral, fator elucidado não somente para professores já em atuação, mas também daqueles em processo.

Durante o ano de 2017, o projeto debruçou-se sobre as questões étnico raciais, oportunidade na qual atendeu mais de 60 pessoas. Para 2018, intenciona-se como proposta, o trabalho com as questões envolvendo gênero e sexualidade, assunto ainda marginalizado nos espaços de formação de professores. Para esta etapa do projeto tem-se como objetivo geral discutir as questões que margeiam as categorias gênero e sexualidade, proporcionando aos envolvidos mais possibilidades de conhecimento sobre estas temáticas. Paralelamente a isto busca-se promover uma reflexão sobre os inúmeros problemas que envolvem ambas as temáticas, bem como o preconceito que delas emergem.

O projeto será desenvolvido em 12 encontros distribuídos ao longo do ano de 2018, e com temáticas específicas envolvendo as questões de gênero e sexualidade, margeadas sobretudo pela formação de professores e demais agentes que trabalhem em espaços de educação formal. Os encontros serão momentos de estudo, com diálogo e exposição de conteúdos pertinentes à temática central, priorizando a dialogicidade entre os partícipes da proposta. Tais encontros visam além da proposta de explanação de conteúdo, viabilizar espaços em que os partícipes possam realizar atividades práticas como cartazes, planos de aula, painéis integrados e demais materiais que possam ser usados na esfera do ensino. Espera-se com mais esta edição do projeto, colaborar para uma formação humanizada de professores, proporcionando não somente momentos de reflexão, mas também de possibilidades de intervenção em suas práticas pedagógicas, bem como da redução de preconceitos por falta de informação.

O projeto Nagô foi criado pelo professor José Humberto e este ano será coordenado pela professora Paula Trabuco.