O PROUNI, principal programa de bolsas de estudo do Ministério da Educação (MEC), não conseguiu preencher 10,6% das 108.642 vagas que foram oferecidas em instituições de ensino superior neste ano.
     Das 11.570 vagas não preenchidas, a maioria (9.604) é para bolsas parciais, em que o aluno paga metade da mensalidade. O ministério ofereceu pelo PROUNI 65.276 bolsas integrais e 43.366 parciais. As integrais foram preenchidas com facilidade, já que apenas 3% delas (menos de 1.966) não foram utilizadas. No caso das parciais, no entanto, 22% das bolsas deixaram de ser aproveitadas.
     O texto alerta que o número de sobras deve aumentar quando o MEC finalizar as estatísticas do PROUNI, já que os dados divulgados até o momento são preliminares.
     De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, ao menos em parte, a dificuldade para preencher as vagas de ensino superior está relacionada à estagnação das matrículas no ensino médio. De 1998 a 2000, o número de concluintes desse nível de ensino passou de 1,5 milhão para 1,8 milhão e ficou estacionado nesse patamar. Já as vagas oferecidas por instituições públicas e privadas passaram de 776 mil em 1998 a 2,4 milhões em 2005.
      No setor privado, a relação é ainda mais desfavorável. O número de concluintes de escolas particulares de ensino médio – teoricamente aqueles com mais condições de pagar uma mensalidade – diminuiu de 360 mil para 300 mil. Antes, esses estudantes representavam 24% dos concluintes, hoje, são 16%.

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acessada em 09 de mail de 2007, às 10:00h.