Um estudo coordenado pela pedagoga Claudete Batista Cardoso, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), revelou que os estudantes que entraram na universidade por meio do sistema de cotas para negros tendem a valorizar mais a sua vaga do que aqueles que não são cotistas, especialmente nos cursos considerados de baixo prestígio.
     O estudo denominado Efeitos da Política de Cotas na UnB: uma Análise do Rendimento e da Evasão, mostrou também que os cotistas negros obtiveram notas melhores do que os demais alunos em 27 cursos da UnB.
     No curso de música, por exemplo, as notas dos cotistas são 19% superiores às dos demais estudantes. Eles também se destacam em cursos como matemática, em que a diferença é de 15%, artes cênicas (14%), artes plásticas (14%), ciências da computação (13%) e física/licenciatura (12%).
      De acordo com a pesquisadora, uma das explicações para o melhor desempenho é que os cotistas valorizam mais o fato de passar no vestibular e entrar na universidade, o que para eles pode representar uma possibilidade de mobilidade social.

Fonte: www.nota10.com.br
Acessado em 12/12/2008