Após apresentar três meses consecutivos de queda no saldo de empregos formais, causados pela crise financeira internacional, o mercado de trabalho brasileiro reage e demonstra saldo positivo em fevereiro de 2009.
     Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (18/03), o saldo de pessoas empregadas com carteira assinada foi de 9.179. No entanto, o resultado no primeiro bimestre deste ano foi negativo: houve 92.500 demissões.
     Segundo o Caged, no segundo mês de 2009 foram abertas 1.233.554 vagas, enquanto que em janeiro 1.216.550 pessoas foram contratadas. Já o número de demissões em fevereiro ficou em 1.224.375, dado inferior ao mês anterior, representando redução de 7,13%. Os Estados na Unidade Federativa que mais contrataram foram Goiás – com alta de 8.058 -; Rio de Janeiro – com acréscimo de 5.480 postos de trabalho – e Mato Grosso – apresentando 5.378 novas vagas.

Previsão de alta para março
     O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, mostra-se confiante e acredita que março será o mês da virada. Segundo ele, o saldo negativo dos últimos três meses não se repetiu em fevereiro; a redução das demissões e o aumento do salário-mínimo serão fatores determinantes para que a geração de empregos se recupere ainda mais no próximo mês.

Reação dos setores
     De acordo Ministério do Trabalho e Emprego, cinco dos oito grandes setores da atividade econômica mostraram saldo positivo no segundo mês de 2009: Serviços, Construção Civil, Agricultura, Administração Pública e Serviços Industriais de Utilidade Pública. O setor de Serviços se destacou com 57.518 novas vagas de emprego em fevereiro deste ano, obtendo o percentual de 0,45%. A Construção Civil alcançou 2.842 contratações, representando 0,15%; a Agricultura chegou aos 0,06%, totalizando 957 vagas e o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública obteve acréscimo de 807 postos, o equivalente a 0,23%. Já o comércio continua com desempenho negativo, registrando 10.275 empregos a menos, totalizando 0,15%.

Indústrias
     Em curso decrescente, a Indústria da Transformação aponta diminuição de 56.456 vagas, das dez, de seus 12 segmentos. As Indústrias de Material de Transporte, Metalúrgica e Mecânica, registraram os três maiores saldos negativos: 12.986, 12.001 e 8.856 postos de trabalhos a menos em fevereiro, respectivamente. Em contrapartida, a Indústria de Calçados e a Indústria da Borracha, Fumo e Couros obtiveram alta em janeiro, com respectivos 2.719 e 1.634 postos de trabalho.

Autora: Élida Bezerra
Estagiária de Jornalismo do site RH.com.br. Estudante de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau, começou a atuar na equipe RH.com.br em outubro de 2007. Exerceu atividades na Assessoria de Imprensa da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco.

Fonte: www.rh.com.br
Acessado em 23/03/2009