O
setor que tem como matéria-prima a madeira é o que mais gera emprego
nos Campos Gerais no Paraná e um dos que mais movimenta a economia. As
madeireiras geram 27% dos empregos na região, o que representa 9,2 mil
postos de trabalho – primeiro lugar no ranking da empregabilidade.
A
fabricação de papel e celulose aparece em terceiro, com 4,2 mil
empregos – 12,3%. As cidades que mais se destacam nestas áreas são
Telêmaco Borba e Jaguariaíva. Ambas abrigam duas das maiores indústrias
do setor no cenário nacional: a Klabin – maior produtora, exportadora e
recicladora de papéis do país – e a Norske Skog – única fabricante de
papel jornal do Brasil.
Mas, além delas, o setor madeireiro gera uma
cadeia de produtividade que agrega diversas outras empresas de grande,
médio e pequeno porte na região, como gestoras de ativos florestais,
serrarias e fábricas de beneficiamento. Passa de 100 o número de
empresas desse tipo nos dois municípios juntos e boa parte delas está
diretamente ligada à Klabin e à Norske. É o caso da Valor Florestal, que
administra ativos florestais vendidos pela Norske em 2001 para fundos
de investimento norte-americanos. "Houve um contrato de suprimento com a
Norske para 50 anos. Só que os 65 mil hectares são muito mais do que a
fábrica precisa. Ela consome um terço da produção, o que equivale a 400
mil toneladas por ano", explica o gerente da Valor Florestal, Edson
Antonio Balloni. Por conta disso, a empresa fornece madeira para outras
empresas da região de Jaguariaíva. A gestora florestal, segundo ele, tem
120 funcionários e a Vale do Corisco – grupo ao qual pertence a Valor –
possui mais 280. "E há perto de mil funcionários terceirizados em
Jaguariaíva e região", afirma Balloni. As árvores utilizadas nas
fábricas e serrarias são certificadas e de áreas de reflorestamento.

Fonte: Jornal da manhã, em www.painelflorestal.com.br