Sim e não. É certo que a procura pela graduação tecnológica tem crescido e que mais pessoas podem completar o ensino superior nessa modalidade, que exige menos anos de estudo. Mas é preciso lembrar que os focos do bacharelado e da graduação tecnológica são distintos.
Para Fernando Leme do Prado, presidente da Associação Nacional de Educação Tecnológica (Anet), a graduação tecnológica pode ocupar o espaço de cursos da graduação tradicional, desde que não deixe de ser tratada como tecnológica. "Muitas vezes, preocupados em atender às suas necessidades de preenchimento de vaga, instituições de ensino oferecem cursos de tecnólogos que não são tecnológicos. São, na verdade, um minibacharelado, pela duração menor. Eles não atendem ao mercado porque perdem sua característica fundamental de ter um foco específico e um vínculo com a prática. Só cortam algumas disciplinas, mas continuam cursos generalistas. Para se ter um curso de tecnólogo é preciso que a prática pedagógica seja a específica dele", acredita Prado.
Ocupar uma maior fatia do mercado educacional sim, mas sem desvirtuar a função e as características dos cursos de tecnólogos, diz o presidente da Anet. E, segundo Eduardo Ehlers, diretor de graduação do Centro Universitário Senac, a parcela da população que ingressa no ensino superior é ainda pequena e há espaço para a graduação tecnológica crescer.
O prognóstico do consultor educacional Carlos Monteiro é de que, em dois anos, 20% dos alunos matriculados no ensino superior estarão cursando cursos de tecnólogos.
Isso vai representar um estrondoso aumento da demanda no setor, já que hoje essa parcela não passa de 8%. "É uma alternativa ao bacharelado, principalmente para quem já está no mercado de trabalho", diz.
Algumas universidades perceberam essa tendência e se adaptaram. Deslocar vagas do bacharelado para o curso de tecnólogo já é uma realidade.
Pelo jeito, na configuração do setor há espaço para todo mundo. E até para andarem juntos. É ou não é um curso superior? Sim, os tecnólogos são profissionais com formação superior. Essa imagem meio nebulosa de que se trata de um curso de segunda classe já foi mais forte, mas ainda existe. Por culpa de quem? Da desinformação e de confusões do passado.
Ocupar uma maior fatia do mercado educacional sim, mas sem desvirtuar a função e as características dos cursos de tecnólogos, diz o presidente da Anet. E, segundo Eduardo Ehlers, diretor de graduação do Centro Universitário Senac, a parcela da população que ingressa no ensino superior é ainda pequena e há espaço para a graduação tecnológica crescer.
O prognóstico do consultor educacional Carlos Monteiro é de que, em dois anos, 20% dos alunos matriculados no ensino superior estarão cursando cursos de tecnólogos.
Isso vai representar um estrondoso aumento da demanda no setor, já que hoje essa parcela não passa de 8%. "É uma alternativa ao bacharelado, principalmente para quem já está no mercado de trabalho", diz.
Algumas universidades perceberam essa tendência e se adaptaram. Deslocar vagas do bacharelado para o curso de tecnólogo já é uma realidade.
Pelo jeito, na configuração do setor há espaço para todo mundo. E até para andarem juntos. É ou não é um curso superior? Sim, os tecnólogos são profissionais com formação superior. Essa imagem meio nebulosa de que se trata de um curso de segunda classe já foi mais forte, mas ainda existe. Por culpa de quem? Da desinformação e de confusões do passado.
Matéria acessada no site:
<https://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11939>
em 08 de maio de 2007, às 9:30h.
Matéria enviada por:
Maria Florinda Morais Mercado
Assessoria Técnica Institucional