Um mouse que permite ao usuário escrever textos em um monitor apenas com o movimento dos olhos será lançado no mercado brasileiro em novembro.
     Desenvolvido pelo professor e engenheiro eletrônico brasileiro Manuel Cardoso, ele será fabricado pela DIGIBRÁS, empresa do grupo CCE, de Manaus. O preço estimado da novidade é de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais).
     O MOUSE OCULAR, como está sendo chamado, permite  o manuseio de computadores por meio de captura e codificação de movimentos dos músculos da face e da íris.
      "Para funcionar, é necessário instalar cinco eletrodos na face. A movimentação do cursos é feita  por meio dos movimentos dos olhos. Ao piscar uma vez os olhos, o cursos pára. Duas vezes consecutivas, indica um clique" explicou Cardoso.
      Da prancheta à linha de produção, o mouse ocular percorreu um longo caminho. O professor Manuel Cardoso começou sua elaboração em 1993, dando início ao projeto com recursos próprios e utilizando os laboratórios da CCE  em Manaus.
      Após testes  iniciais, o inventor buscou  ajuda da Fundação Paulo Feitosa para desenvolver o produto e, no ano de 2005, a DIGIBRÁS aceitou assumir sua produção, reduzindo as dimensões do protótipo, bem como o custo dos componentes, que hoje somam R$ 50,00 (cinqüenta reais).
      O diretor da DIGIBRÁS, Marcilio Junqueira, conta que o mouse  óptico  tem sido testado há cerca de um ano e meio em pacientes de três hospitais em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro. "Um dos pacientes é uma menina de cinco anos que está sendo alfabetizada pelo computador, ao olhar para uma letra e piscar, o paciente consegue escrever com os olhos", afirma o executivo.
      Segundo Junqueira, as primeiras duzentas (200) peças do mouse devem sair da fábrica em até trinta (30) dias.  "Nossa idéia é ampliar os testes  apresentando o produto ao Ministério da Saúde e a hospitais de todo o país nas áreas de traumatologia e neurologia" explicou Junqueira.
      "Achei fantástica essa notícia, ainda mais  porquê o projeto foi desenvolvido por um brasileiro, fica o exemplo  para todos nós: brasileiro é capaz e criativo, e  pesquisa não se faz como fasst-food" apontou Profº MSc Rayner Gomes da FIMES.
Matéria enviada por:
Profº MSc Rayner Gomes
Chefe do Deptº de Informática
Escrita por Daniela Braun, editora do IDG Now!
Publicada em 06 de setembro de 2006 às 18h27
Atualizada em 10 de setembro de 2006 às 12h13
Acessada em 12 de setembro de 2006 às 09h00  no endereço <https://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2006/09/06/idgnoticia.2006-09-06.8403741349/IDGNoticia_view>