A criação de três universidades federais vocacionadas para a integração regional pretende mostrar para o mundo que é possível unir países e continentes por meio da educação.
     Foi o que afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, referindo-se à Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), à Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab) e à universidade de integração da Amazônia – cujo nome ainda não foi definido.
     Segundo Haddad, as três universidades se distinguem das demais pelo projeto político-pedagógico inovador. A intenção é favorecer a mobilidade estudantil nas comunidades latino-americanas e luso-afro-brasileiras. "Não queremos oferecer cursos tradicionais, mas construir uma identidade entre os países, que possibilite o desenvolvimento de cada um", afirma.
     O ministro deu posse ontem (14), à comissão de implantação da Unilab. A proposta da universidade é formar recursos humanos para contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os africanos.
     A intenção é promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional. Na visão de Haddad, o novo modelo pode servir de exemplo para outros países. "Cada país tem muito a aprender com outros, em várias áreas".
    A sede da nova universidade será em Redenção (CE), município a 66 quilômetros de Fortaleza, o primeiro a abolir a escravidão no Brasil, em 1883. O projeto de lei que cria a universidade está em tramitação no Congresso Nacional. Metade das vagas será destinada a alunos brasileiros e a outra metade, aos estrangeiros. Oito países integram a CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A previsão é que a Unilab comece a funcionar em 2010.

Fonte: www.nota10.com.br
Acessado em 15/10/2008