Os acadêmicos do 4º e 5º ano da Faculdade de Engenharia Florestal das Faculdades Integradas de Mineiros – FIMES, realizaram nos dias 23 e 24 de outubro de 2008, no auditório Frank Green em Mineiros, o III Fórum do Setor Florestal do Sudoeste Goiano com o tema “Rumo a Sustentabilidade”.
     O evento público procurou levar conhecimento voltado para a sustentábilidade, ecologia, relações hídricas, espécies utilizadas em plantios homôgeneos no país, dentre estas as espécies nativas e exóticas do gênero Eucalyptus spp.
      O público, cerca de 323 pessoas dentre Produtores Rurais, Estudantes Universitários, Profissionais/Empresas da área Florestal, técnicos do Serviço Público e Privado, e ONG’s de áreas afins teve participação decisiva no sucesso do evento.
     Na programação aconteceram palestras e debates importantes com representantes de entidades conceituadas no meio florestal como: Dr. Carlos Alberto da Fonseca Funcia (Presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura); Phd. Niro Higuchi (Pesquisador do INPA);  Engª Flor. Adriana Amaral (Ministério do Meio Ambiente); Ivo Mic (Polo I Brenco); Dr. Wantuelfer Gonçalves (professor e pesquisador da Univ. Federal de Viçosa); Helton Damin da Silva (Chefe Geral da EMBRAPA Florestas); e, Dr. Marco Antônio Ferreira Gomes(Embrapa Meio Ambiente).
     Ao propor as discussões de desenvolvimento sustentável para o setor, levou-se em consideração as políticas destinadas ao mesmo. No Brasil, as políticas efetivas não são bem definidas para o Setor Florestal, ou qualquer planejamento direcionado ao seu desenvolvimento como um todo. Na verdade, existem ações isoladas e medidas legislativas, muitas vezes inadequadas.
   O evento contou com palestras e debates a respeito da adoção de práticas conservacionistas que conjuntamente com as pressões do mercado (à procura dos produtos "ecologicamente corretos"), proporcionam a busca de práticas mais sustentáveis de produção.
    Atender as necessidades do presente e não comprometer a capacidade e as necessidades das gerações futuras e não implica, de forma alguma, violar a soberania nacional…
      Os debates relacionados ao tema do evento se concentraram, ainda, na incorporação de preocupações e considerações ambientais do planejamento e as políticas de desenvolvimento. Entre as causas naturais e sócio-econômicas da insustentabilidade no setor florestal, podemos destacar: 1º) o esgotamento e a degradação dos recursos naturais; 2º) pobreza, 3º) o rápido crescimento populacional e o decréscimo da força de trabalho voltada para o Setor Florestal Brasileiro.
    A sustentabilidade ou perpetuidade das funções econômicas, ambientais, sociais e políticas das florestas de produção é assegurada quando essas são gerenciadas em regime de manejo sustentável.
     O Cerrado pode ser manejado dentro de um regime de manejo sustentado, podendo ser extraído lenha, dado ao baixo custo e operacionalidade. Esse bioma apresenta baixa produtividade de madeira, se for comparado a reflorestamentos convencionais.
    O Cerrado pode ainda produzir outros bens como plantas para as mais diversas utilizações (medicinais, frutíferas, etc), aliando-se a técnicas como: a) plantio de enriquecimento; e b) uso múltiplo.
     Entre as formas de utilização para esta formação pode ser citado o manejo sustentável, porém, pouco se tem feito no sentido de incluir tal recurso. Outras alternativas de uso também podem ser adotadas, como: a) o consórcio silvopastoril; e b) agroflorestal.
     É importante lembrar que o manejo florestal moderno de florestas eqüiâneas, requer integração entre floresta, indústria e mercado, para maximizar o retorno financeiro e garantir uma base sustentável do estoque de crescimento das florestas, identificando os vários produtos que as mesmas devem oferecer.
   A partir de uma conscientização política que venha abrager e descentralizar, o desenvolvimento sustentável do Setor Florestal Brasileiro será plenamente viável, para o desenvolvimento do país como um todo, uma vez que, o Cerrado e as demais Florestas Brasileiras apresentam produtividade de recursos madeireiros e não madeireiros, possibilitando a utilização de vários produtos, benefícios sócio-ambientais e políticos.

Fonte: Matéria enviada por
Kligiane A. S. Matos
Dir. de Marketing e Eventos da ECOFLOR –Jr
Acadêmica de Engenharia Florestal / FIMES