Com a escolha, as emissoras de televisão e outros prestadores de serviços poderão oferecer uma série de aplicações com a participação dos telespectadores, sem a necessidade de computadores ou outros equipamentos adicionais. E mais, com a certeza absoluta que os televisores digitais e os dotados de conversores poderão acessar e utilizar esses serviços em sua plenitude, inclusive contanto com as redes de telecomunicações existentes como canal de retorno.
Para chegar à conclusão final pelo JavaDTV, o Conselho do Fórum levou em conta fatores como o maior conjunto de ferramentas oferecidas, os menores custos de propriedade intelectual e a grande comunidade de desenvolvedores, de modo a ter o produto o quanto antes nas prateleiras e as primeiras aplicações interativas talvez ainda esse ano, mesmo com a crise financeira mundial e outras questões imponderáveis.
A linguagem NCL (Nested Context Language) e sua plataforma de execução, resultado da combinação NCL e Lua – Ginga-NCL – é considerada uma das maiores inovações nacionais dos últimos anos e foi desenvolvida pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro- PUC-RJ. Já a arquitetura do GINGA-J conta também com as inovações desenvolvidas pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB.
40 critérios de avaliação
A escolha do padrão final de interatividade da TV Digital brasileira foi um processo longo que contou com a participação de praticamente todos os membros do Fórum SBTVD. Em sua última rodada, 32 entidades do Fórum (14 universidades e centros de pesquisas, sete empresas de radiodifusão, dois fornecedores de equipamentos e 12 empresas de software) avaliaram tecnicamente três opções de middleware.
Foram levados em consideração 40 critérios de avaliação divididos em sete categorias (três para hardware, sete para características operacionais, cinco para recursos humanos, mais cinco para ferramentas de desenvolvimento, seis para aspectos comerciais, outros seis para custos e, finalmente, oito requisitos específicos do SBTVD).
Entre os requisitos definidos estavam interoperabilidade e convergência; garantir serviços essenciais em todos os receptores; funcionalidades com foco na flexibilidade; aderência aos padrões internacionais; alinhamento com as tendências mundiais; possíveis ganhos de escala; maturidade da tecnologia; e diversidade de interesses sócio-econômicos.
O JavaDTV se destacou pela forte comunidade do código aberto Java, que possui mais de 110 mil membros somente no Brasil. Além disso, o sistema se provou altamente flexível e muito fácil de ser implantado em todos os receptores digitais atualmente no mercado. Como se trata de uma linguagem nova de ampla utilização internacional e com o respaldo de uma gigante do setor de software, a Sun Microsystems, o Java é uma tecnologia “à prova de futuro”, com muitos anos de bons serviços à frente.
Fonte: www.olhardigital.com.br
Acessado em 20/05/2009