O Estado de Goiás tem realizado várias pesquisas em diversas áreas. Para disponibilizá-las, organizou-se lista por área de conhecimento. Conheça as pesquisas realizadas pelo governo de Goiás.
Fauna
Jacarés
Pela primeira vez, um grupo de pesquisadores fez levantamento do número de jacarés que habitam a região sul do Araguaia. Até então, os biólogos haviam realizado estudos com os animais do Norte, onde a densidade populacional varia de 30 a 100 bichos por quilômetro. Os pesquisadores delimitaram a predominância das espécies ao longo do rio, entre as regiões de Montes Claros e Luís Alves (jacaretinga e jacaré-açu).
O trabalho de biometria – avaliação das medidas dos animais como peso e comprimento – também foi realizado.
Pesquisadores responsáveis: Tiago Almeida e Sávio Vieira, consultores do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios do Ibama (RAN).
 
Boto-rosa
A bióloga e professora universitária Cristiane Gonçalves de Moraes iniciou estudos para avaliar os padrões de ocupação geográfica do boto-rosa no Araguaia e a relação que esses animais têm com as atividades humanas, como a pesca e o turismo. Ela consegui realizar 57 avistagens do animal.
Responsável: Cristiane Gonçalves de Moraes
 
Aves
Pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Nathália Machado levantou dados sobre as aves mais comuns da região. Segundo a ornitóloga, foram avaliados aspectos como extensão da distribuição, dieta, especificidade ambiental e as possíveis causas de ameaça. A especialista catalogou cerca de 50 espécies entre as praias de Cocalinho (MT) e Luís Alves (GO). A próxima etapa do trabalho consiste na observação das aves que habitam a mata ciliar.
Responsável: Nathália Machado
 
Água
Biólogos coletaram 30 amostras de água ao longo do rio Araguaia. No total, 60 pontos do manancial foram analisados com um aparelho de sonda portátil. O equipamento detecta o pH, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, entre outros parâmetros. Em conjunto, os dois eixos que sustentam o trabalho (amostra e sonda) foram avaliados por um especialista em qualidade de água (limnólogo).
Responsáveis: Janaina Tereza Alves e Diogo Lousa
 
Fitoplancton
Bióloga da Semarh, a pesquisadora Raquel Rezende de Morais trabalhou na caracterização e identificação das algas. A especialista coletou 30 amostras que subsidiaram o relatório com o levantamento das espécies encontradas.
Responsável: Raquel Rezende de Morais e José Augusto Cruz.
 
Geomorfologia
Na primeira semana da expedição, os geomorfólogos Thiago Morato e Maximiliano Bayer deram andamento às pesquisas sobre relevo e transporte de sedimentos ao longo do canal principal do Médio Araguaia. A intenção do estudo foi quantificar o aporte de material que o rio recebe por ano. Até o estudo, apenas os valores que o manancial carregava anualmente eram conhecidos: cerca 8 milhões de toneladas de sedimentos em suspensão e 800 mil de fundo. O pesquisador Pedro Alves Vieira, da Universidade Estadual de Goiás (UEG) complementou os estudos sobre a geomorfologia do ecossistema entre as regiões de Cocalinho (MT) e Luís Alves (GO). O especialista também afirma que será iniciada pesquisa sobre as conseqüências da poluição provocada por metais pesados (mercúrio) e agrotóxicos.
Responsáveis: Thiago Morato, Maximiliano Bayer e Pedro Alves Vieira.
 
Georreferenciamento
Geógrafas da Semarh iniciaram o mapeamento das Áreas de Preservação Permanente (APP) que foram desmatadas pelo homem. Além da série histórica, medida inédita, todos os dados coletados durante a expedição foram mapeados e sistematizados em um mesmo do*****ento.
Responsáveis: geógrafas da Semarh Lívia Lima e Juliana Leite.
 
Lixo
Técnicos da Semarh aplicaram questionários sobre resíduos sólidos nos acampamentos do Araguaia e alertaram turistas sobre a importância do correto acondicionamento do lixo. Especialistas vão também estudar por que o processo de decomposição dos resíduos é lento no ecossistema.
Responsável: Delson Silveira, Juliana Leite, José Augusto Cruz.
 
Turismo
O turismólogo Sávio Vieira Ramos, também consultor do Ibama, realizou pesquisa para traçar o perfil socioeconômico das pessoas que freqüentam o Araguaia durante a alta temporada. Os dados coletados pelo técnico foram tabulados e resultarão em um programa de sustentabilidade do turismo para o Vale do Araguaia. A meta é promover aquecimento do mercado local sem prejuízos para o meio ambiente.
Responsável: Sávio Vieira Ramos
 
Educação ambiental
Técnicos da Agência Ambiental, da Semarh e professores universitários trabalharam com uma pesquisa para saber se os turistas estão melhorando a consciência ambiental. O estudo verificou se as normas de convivência – itens como não soltar foguete, não cimentar o chão do banheiro – são respeitadas nos acampamentos.
Responsáveis: Ivanice Ferreira, Alzino Furtado e Juliana Leite.

    
Fonte: Diário da Manhã
Acessado no site www.goiaseducacao.com
Em 09/06/2008